Madeira finalmente com céu aberto

[sapien]

As rotas aéreas entre a ilha da Madeira e Portugal continental estão liberalizadas, permitindo após vários anos de tentativas de redução do preço dos bilhetes, a entrada das low cost europeias, ainda por divulgar (a easyJet é uma das interessadas assumidas), e a pressão para se aplicar o formato nos Açores a curto prazo. A medida histórica impõe o fim do serviço público obrigatório de/para Funchal ou Porto Santo, feito pela companhia de bandeira TAP, em code-share com a Sata Internacional.

O anúncio oficial deu-se há dias, em cerimónia presidida pelo secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, e pela secretária regional de Turismo e Transportes, Conceição Estudante.

Antecipando a concorrência, a TAP estreia-se nas tarifas one-way e lança durante um mês 20.000 bilhetes para a Madeira a preços promocionais, para voar até final do ano. Há Lisboa-Funchal a 71,3 euros e Funchal-Lisboa a 78,3 euros, diferença devida às taxas aeroportuárias. Com 30 euros de subsídio social de mobilidade (a levantar nos CTT até 90 dias após a viagem), os passageiros alunos e residentes da região autónoma têm ida e volta a 133,6 euros! A SATA promete campanha similar.

Logo no primeiro dia da campanha, a TAP registou mais de 3.000 reservas concretizadas.

A TAP reforça de 5 de Julho a 27 de Setembro os voos na Madeira. Haverá nove diários Lisboa-Funchal, três semanais Porto-Funchal, quatro semanais Lisboa-Porto Santo e um semanal Porto-Porto Santo. A nível internacional, soma-se o voo semanal Funchal-Madrid e mantêm-se o directo semanal Funchal-Caracas (pode passar a dois ou três face à procura) e o diário Funchal-Londres. Via SATA, a TAP oferece dois diários Lisboa-Funchal e o directo semanal Funchal-Paris.

Note ainda que os voos da TAP da Madeira para Amesterdão, Barcelona, Madrid, Roma, Milão, Paris e Frankfurt, com escala em Lisboa, vão manter frequências, horários e preços, pondo-se fim à polémica. O utente continua a fazer o check-in e a despachar a bagagem até ao destino. Há a hipótese de mudar de avião na Portela, o que sucedia, mas "não se pagam tarifas adicionais".


Por FMG | Alma de Viajante